Copa do Mundo de Clubes: o que é, como funciona e o que vem por aí - Resenha crítica - 12min Originals
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Copa do Mundo de Clubes: o que é, como funciona e o que vem por aí - resenha crítica

Copa do Mundo de Clubes: o que é, como funciona e o que vem por aí Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Copa do Mundo de Clubes: o que é, como funciona e o que vem por aí

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 

Editora: 12min

Resenha crítica

Durante anos, a Copa do Mundo de Clubes foi tratada como um torneio menor. Disputada em dezembro, com poucos jogos e quase sempre vencida por times europeus, a competição servia mais como um evento simbólico do que como um verdadeiro desafio entre os melhores clubes do mundo. Para muitos torcedores, era só uma formalidade: o campeão da Libertadores enfrentando o campeão da Champions em um jogo isolado, quase sempre previsível.

Mas isso começou a mudar. Em 2023, a FIFA anunciou que a partir de 2025 o torneio ganharia nova cara: mais clubes, mais jogos, mais visibilidade — e uma ambição muito maior. A proposta era transformar a Copa do Mundo de Clubes em uma competição de peso real, capaz de rivalizar com a Champions League e projetar o futebol de clubes em escala global.

O novo formato traz 32 times de todos os continentes, disputando partidas ao longo de um mês, com sede fixa e estrutura inspirada na Copa do Mundo de seleções. A estreia acontece nos Estados Unidos, com expectativa de público recorde e investimento pesado em direitos de transmissão. Não se trata apenas de aumentar o número de jogos: a FIFA quer criar uma nova narrativa para o futebol de clubes — uma narrativa global, com mais diversidade e alcance comercial.

Neste microbook, você vai entender como essa transformação aconteceu, o que mudou em 2025, quem participa, quais os critérios, quem são os favoritos e o que está em jogo além do troféu. Porque a nova Copa do Mundo de Clubes não é só uma competição: é parte de um movimento estratégico para redefinir o centro de poder do futebol mundial.

Como surgiu a ideia da Copa do Mundo de Clubes

A Copa do Mundo de Clubes não é uma invenção recente — mas só agora começa a ocupar o lugar que a FIFA sempre quis para ela. A história começa ainda nos anos 1990, quando a entidade máxima do futebol passou a questionar o formato da antiga Copa Intercontinental, que reunia apenas o campeão europeu e o sul-americano. O argumento era simples: se o futebol é um esporte global, por que um “Mundial” teria só dois continentes?

Em 2000, a FIFA testou pela primeira vez um novo modelo. O Brasil foi sede da edição inaugural, com oito clubes de diferentes partes do mundo: Corinthians, Real Madrid, Manchester United (que acabou desistindo), Raja Casablanca, Al-Nassr, Necaxa, entre outros. A ideia era reunir todos os campeões continentais e criar um torneio verdadeiramente mundial. Mas o projeto foi mal recebido. A estrutura ainda era confusa, o interesse comercial era baixo, e a competição acabou sendo suspensa por quatro anos.

A retomada veio em 2005, com um novo formato simplificado: sete times, incluindo os seis campeões continentais e um representante do país-sede. Partidas únicas, mata-mata direto, e quase sempre com vitória europeia na final. Clubes como Barcelona, Real Madrid, Bayern e Chelsea empilharam títulos. Mas a competição continuava à margem do calendário — sem o apelo da Champions, sem a mística da Libertadores, sem tradição construída.

Mesmo assim, a FIFA não desistiu. A entidade testou fórmulas, buscou apoios comerciais e observou o crescimento de mercados fora da Europa. Em paralelo, viu sua própria influência diminuir diante do poder cada vez maior da UEFA e da Champions League. O plano de expansão da Copa do Mundo de Clubes foi uma resposta direta a isso: criar um produto global sob controle da FIFA, com alcance midiático, espaço para novas audiências e possibilidade real de crescimento fora do eixo Europa–América do Sul.

Com o anúncio da nova edição em 2025, a proposta finalmente saiu do papel. A dúvida agora é se ela vai ganhar o prestígio que nunca teve — ou apenas repetir os erros do passado com mais jogos e mais dinheiro.

Por que a FIFA está apostando tudo nesse novo torneio

O novo formato da Copa do Mundo de Clubes não é só uma resposta esportiva — é uma jogada política e comercial. Ao criar um torneio com 32 clubes, disputado ao longo de um mês, a FIFA está mirando em algo maior do que um simples troféu: o controle da narrativa global do futebol de clubes.

Durante anos, esse domínio foi da UEFA. Com a Champions League, a entidade europeia transformou seu campeonato em referência técnica, midiática e comercial. Patrocinadores, audiências e contratos bilionários gravitaram em torno da competição. A FIFA, mesmo comandando o futebol global, ficava de fora dessa estrutura. O Mundial de Clubes antigo, com suas partidas isoladas em dezembro, não competia nesse nível.

Ao reformular a Copa do Mundo de Clubes, a FIFA tenta criar um produto próprio com escala global, em que ela dita as regras, define o calendário e concentra os lucros. A escolha dos Estados Unidos como sede da edição inaugural não é coincidência: trata-se de um dos maiores mercados publicitários do mundo, com forte apelo entre marcas e crescente interesse pelo futebol.

A ambição é clara: criar um campeonato que vá além da Europa, que envolva clubes da Ásia, África, América Latina e do Norte — e que, com o tempo, ganhe o mesmo prestígio que hoje pertence à Champions. Para isso, é preciso mais do que aumentar o número de jogos: é necessário convencer torcedores, atrair estrelas, garantir jogos de alto nível e, acima de tudo, criar uma nova rotina de consumo do futebol global.

Essa edição de estreia será o primeiro teste. Se funcionar, a FIFA muda o equilíbrio de poder no futebol de clubes. Se falhar, reforça ainda mais a hegemonia da Europa.

Quem joga esse novo Mundial e por que isso importa

Com 32 vagas em disputa, a nova Copa do Mundo de Clubes não pretende apenas incluir mais times — ela quer representar o futebol global. Mas, na prática, quem participa diz muito sobre os interesses que estão em jogo.

A distribuição das vagas segue uma lógica que mistura meritocracia esportiva com equilíbrio geográfico. A Europa, com seus clubes bilionários e ligas mais fortes, ficou com 12 vagas. A América do Sul tem 6. Ásia, África e América do Norte, 4 cada. A Oceania ficou com 1, e o país-sede — no caso, os Estados Unidos — pode indicar mais um. Parte das vagas foi preenchida automaticamente pelos campeões dos torneios continentais entre 2021 e 2024, como Manchester City, Real Madrid, Chelsea, Palmeiras, Flamengo e Fluminense. O restante veio pelo ranking de desempenho recente.

Mas o que está por trás dessa engenharia de convites é uma tentativa da FIFA de equilibrar o jogo sem perder relevância técnica. Afinal, um torneio global precisa ser competitivo — mas também representativo. Isso explica por que times como Bayern de Munique, PSG, Al Ahly (Egito), Al Hilal (Arábia Saudita), Monterrey (México) e até o modesto Auckland City (Nova Zelândia) estão no mesmo campeonato.

Ao reunir clubes de perfis tão distintos, a FIFA quer mostrar que o futebol de clubes vai além da Champions. A presença de equipes fora do eixo Europa–América do Sul também é estratégica: abre mercado, traz novas audiências e reforça o discurso de diversidade e inclusão global.

No papel, a ideia é interessante. Mas o sucesso depende de um ponto central: competitividade. Para que o torneio seja levado a sério, os jogos precisam ser bons, equilibrados e imprevisíveis. Se virar apenas uma vitrine para os grandes da Europa atropelarem o resto, o projeto perde força. Se houver surpresa, confronto real, zebra e emoção — a narrativa muda. E é exatamente isso que a FIFA está apostando.

Favoritos, polêmicas e o que está em jogo além do campo

Quando a bola rola, os holofotes se voltam para os gigantes. Manchester City, Real Madrid, Bayern de Munique e PSG chegam como favoritos naturais. São clubes com elencos bilionários, estrutura de ponta e um ritmo de competição que, historicamente, desequilibra os confrontos. Do lado sul-americano, Palmeiras, Flamengo e Fluminense carregam o peso da tradição — mas enfrentam desvantagens estruturais e orçamentárias difíceis de contornar.

Só que a disputa na nova Copa do Mundo de Clubes não acontece só dentro de campo. Nos bastidores, há tensão. Desde que a FIFA anunciou o novo formato, uma parte da elite europeia expressou resistência. Clubes e atletas têm alertado para o risco de sobrecarga física: o calendário está cada vez mais apertado, e adicionar um torneio de um mês inteiro no meio do ano afeta diretamente pré-temporadas, férias e planejamento. O sindicato de jogadores da FIFPro também se posicionou contra.

Além disso, a expansão do torneio reacendeu uma disputa silenciosa entre FIFA e UEFA. A entidade europeia vê com preocupação o crescimento de um produto global que concorre diretamente com a Champions League — seu principal ativo. Por trás da fachada esportiva, o que está em jogo é influência: quem dita o ritmo do futebol de clubes no século XXI?

Outro ponto de atrito são as regras de participação e os critérios de premiação. Muitos clubes questionaram a transparência nos critérios de escolha das vagas extras, e há incerteza sobre a distribuição da receita gerada com direitos de transmissão, patrocínios e bilheteria.

Ainda assim, o torneio acontece. E com ele, a oportunidade de ver confrontos inéditos e raros em contexto oficial: Flamengo x City, Boca x PSG, Monterrey x Bayern. Jogos que, fora do videogame ou de amistosos esporádicos, simplesmente não existiam até aqui.

Para a FIFA, cada partida é um teste. Se o nível técnico for alto e o público engajar, a nova Copa do Mundo de Clubes se fortalece como produto global. Se a competição parecer desequilibrada, burocrática ou irrelevante, corre o risco de se tornar apenas mais uma peça inflada no calendário.

E agora? O que esperar do futuro da Copa do Mundo de Clubes

A nova Copa do Mundo de Clubes nasceu grande — em escala, em ambição, em visibilidade. Mas ainda precisa provar que tem alma. O torneio já deixou de ser um apêndice do calendário para se tornar um experimento de peso: mais clubes, mais jogos, mais mercado. O que ainda está em construção é o significado disso tudo para o futebol.

A FIFA aposta na repetição: edições com boa audiência, jogos competitivos e presença das principais estrelas. É isso que pode consolidar o torneio como tradição. A escolha dos Estados Unidos como sede da primeira edição reformulada é parte dessa estratégia. Trata-se de um mercado bilionário, com público crescente e infraestrutura preparada para receber megaeventos. O país também sediará a Copa do Mundo de seleções em 2026 — e a FIFA quer usar essa janela para transformar o futebol em negócio definitivo por lá.

Mas o sucesso da Copa do Mundo de Clubes não depende só da FIFA. Vai depender dos clubes levarem o torneio a sério. Dos jogadores chegarem em boa forma. Da imprensa dar cobertura real. Do público se engajar. E, principalmente, de o campeonato conseguir oferecer algo que a Champions League não entrega: confronto entre estilos, real diversidade de escolas e a chance de ver gigantes caírem para times que nunca tiveram vez no palco principal.

O que está em jogo não é só um título, mas a possibilidade de mudar o eixo da narrativa. Se essa ideia vingar, a Copa do Mundo de Clubes pode redefinir o que significa ser campeão mundial. Se fracassar, será apenas mais um produto inflado que tentou reinventar o futebol — e não conseguiu.

O jogo começou. Agora é ver quem vai jogar para valer — e quem só entrou em campo porque foi convocado.

Favoritos, apostas e o que pode acontecer a partir daqui

Com o novo formato em campo, as especulações começaram cedo. Quais clubes realmente têm chance? Quem pode surpreender? E o mais importante: dá para imaginar um campeão fora da Europa?

No papel, o favoritismo continua com os grandes da UEFA. Manchester City chega com o elenco mais completo da atualidade, sustentado por uma estrutura técnica e tática consolidada. O Real Madrid dispensa explicações — é o clube com mais títulos internacionais da história e sabe jogar torneios desse porte como ninguém. Bayern de Munique e PSG também aparecem como forças técnicas, ainda que enfrentem oscilações.

Na América do Sul, os holofotes se dividem entre Palmeiras, Flamengo e Fluminense. Todos chegam com experiência de Libertadores e elencos acostumados a jogos decisivos. Mas a dúvida é: conseguem competir fisicamente e taticamente contra times europeus em fase de grupo e mata-mata com rodadas seguidas?

Clubes como Al Ahly (Egito), Al Hilal (Arábia Saudita) e Monterrey (México) não estão no torneio só para compor tabela. Com investimentos milionários, elencos internacionais e ambições claras, eles têm potencial para eliminar favoritos — especialmente se aproveitarem o desgaste físico dos gigantes.

Do lado das surpresas, há quem aposte em zebras. Auckland City, da Nova Zelândia, já venceu diversas vezes a Champions da Oceania e joga sem pressão. Clubes dos Estados Unidos também entram com o fator local — apoio da torcida, adaptação ao clima e logística a favor.

As casas de aposta mantêm os europeus no topo das odds, mas o formato inédito abre margem para surpresas. Em um campeonato com grupos, cruzamentos e mata-mata apertado, basta um jogo ruim para uma potência cair. E isso é tudo que a FIFA quer: narrativa, emoção, viralização. Uma nova final histórica.

O futuro do torneio depende dessas histórias. Se os favoritos vencerem com sobras, será só mais um reflexo da elite europeia. Mas se houver equilíbrio, surpresa e tensão — aí sim, a Copa do Mundo de Clubes pode entrar no mapa emocional do torcedor. A partir daqui, não basta ser grande. Vai ter que provar isso em campo.

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